segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Avaliação - Linoxy


Bem, espero que gostem da próxima avaliação. Temos ai um grande jogador a ser avaliado.

Criador do teste: Aracnes
Data de Aplicação: 15 de janeiro de 2012
Aplicador: Aracnes
Jogador Avaliado: Linoxy
Personagem: Augustos Alberto Romero IV

Em uma ilha esquecida hoje, existia um pequeno reino que era conhecido como Alencar, pobre e de pessoas humildes durante alguns séculos. Lar de belezas naturais únicas, com a economia básica voltada a pescaria, e produção de redes. Dividido em em três feudos, um deles localizado na costa norte, outro  na costa nordeste, e o último na costa leste da ilha. Este último sede do Castelo de Alencar,  um castelo feito a base de pedras e madeiras, não possuia muita lúxuria em comparação aos outros inúmeros reinos. A origem dele remota entre os séculos V e VI. Atualmente Século VII, um reino bem amadurecido porém pobre. Nos últimos anos começaram as navegações pelo mar onde a ilha fica, e com isso alguns postos de troca foram montados nos litorais, o que levou o reino, aos poucos, aumentar sua riqueza. Alguns anos mais, a condição pobre da burguesia local deu lugar a nobreza. A economia baseda na pesca aos poucos fora extiguindo-se, até quase não existir, a não ser por algumas familias que ainda conservavam a tradição. O reino de Alencar teve sua economia voltada principalmente explorando esta rota comercial, mas existia um grave defeito em todo ele, um pequeno exercito, não passando de mais de sessenta pessoas, juntando-se as guardas de todos os feudos. 

 Este rota pelo mar, acabou crescendo aos olhos dos outros três reinos a utilizavam. Em uma semana foi relatado que uma embarcação pequena, havia aportado no lado sul da ilha, era o começo das preocupações, mas para a sorte do reinado, a parte sul da ilha era infestada por bestas capazes de matar homens com apenas um golpe. Porém com o tempo a frequencia de embarcações dos outros reinos começou a aumentar, até que em certo dia, os dois maiores reinos vizinhos Valaria e Armundil confrontaram-se nas águas do porto leste, à vista do castelo do Rei Augustos Alberto Romero IV.  O confronto terminou com a vitória da embarcação de Valaria. Vários outros confrontos sucederam-se após semanas, até que a economia local começou a entrar em colapso. As embarcações, já não mais aportavam para negócios. Algo que começou a incomodar os senhores feudais, que indignados com o que acontecia, pediram providência a rei. O rei já havia recebido mensageiros dos três grandes reinos. Do reino de Ashtalas, com palavras suaves o Rei Pedro, o benevolente havia oferecido uma grande quantidade de ouro para estacionar as tropas de seu reino nos portos para usufruir do comércio. O reino de Ashtalas, é o mais rico dos  três, porém o que possui a menor quantidade de tropas. Suas vitórias em batalhas com os reinos vizinhos havia chegado aos ouvidos do rei Augustos Alberto Romero IV, o reino enriquecido possuía grande máquinas de guerras, capazes de derrubar as maiores muralhas conhecidas. Do reino de Valaria, palavras ásperas vieram do Rei Augusto o Impiedoso. Este não oferecia nada em troca para ocupar os seus portos e consequentemente as rotas de comércio. Visto que possuiam o maior e mais impiedoso exécito conhecido da região, atacou vilas que todos os indicios que existiram foram apagadas. As condições que o mensageiro havia lhe dito era que ou ela dava a posse dos portos por bem, ou seu reino teria o mesmo destino das outras vilas.  Do reino de Armundil, palavras amigáveis vieram do Rei Asgaroth, o sábio. Ele oferecia proteção, dinheiro, em troca da posse dos portos para a rainha. Garantido-lhe uma vida calma. Porém a fama do reino já o procedia, subornava Nobres de vilas prometendo vidas boas, os que aceitavam viviam tranquilos, porém seus feudos, ou reinos eram praticamente explorados ao máximo, deixando o povo na miséria, e os que recusavam, perdiam seus dominios em guerras que era totais massacres. Não possuia um exercito considerável, mas as estratégias colocariam ao chão muitos reinos.

O rei Augustos Alberto Romero IV, tinha noção de que se aceitasse alguma das três propostas, os outros dois reinos atacariam seu reino. As tropas de Asgaroth, já estavam estacionadas a algumas semanas no porto norte da ilha. As embarcações de Valaria estavam constantemente a rodear o porto nordeste, e três grandes embarcações com cem homens cada uma, recentemente aportaram. E o Rei pedro havia recentemente tomado conta de um outro reino vizinho,  ficando a não mais que três dias a barco de seu reino. Vendo a situação complicada que o seu reino estava, era necessário tomar uma decisão que agradasse os três outros reinos, e evitasse a guerra, como ela poderia fazer isso? O rei Augustos Alberto Romero IV estava a pensar enquanto caminha pelo longo corredor em direção a sala de reuniões, cujo os três reis estavam a aguardando.

Augustos Alberto Romero IV 
“ ....Confuso... “ - Esse era o pensamento que vagava a cabeça de Augustos, por noites havia pensado em maneiras de evitar aquilo que talvez não pudesse ser evitado. Seus olhos desejaram por um segundo se fechar e apenas dormir como um sonho secundário, do qual logo acordaria. Augustos era um homem em sua forma física em bom estado, era dotado de massa muscular fantástica mesmo que ainda nada fizesse para mantê-la. Seus rosto tinha traços simples e encobertos por sua barba falha as laterais do rosto, seus olhos eram de uma tonalidade verde esmeralda raro, algo que sempre lhe garantiu o olhar fascinado de algumas moças ou a hipnose há alguns homens. - “ É como pai dizia, a ganância do homem está ligada a humildade; mas como irei ser humilde com aqueles que querem nossas terras ? “ - Passava a mão em suas roupas reais –  com glamour, uma roupa em tonalidade escura, com pele de animal a cobrindo. Algumas pedras preciosas em suas extremidades e detalhes de bordado do reino em seu centro. – As alinhando como forma de encontrar um eixo, um ponto em um movimento simples para poder pensar com mais calma. Levou sua mão novamente se deparando com o anel que seu pai havia lhe dado, era algo que carregava consigo. Era um dos pedidos de seu pai para que sempre o lembrasse de seus ensinamentos. - “ Não existe um meio termo para todos, quaisquer de minhas escolhas irá afetar o curso do qual estamos acostumados. Uma guerra... isso não estava em nossos planos, não é mesmo pai ?! Dinheiro...Força ou Base ? “ - Seus pensamentos eram confusos e cansativos, já havia pensando em tudo aquilo centena de vezes, tantos que seus pensamentos se tornavam repetitivos e aquilo o deixava frustrado. Seus passos pelo corredor eram calmas ainda que qualquer um que chegasse ao seu lado poderia perceber sua inquietude. Aquele corredor se tornava menor a cada Passo, mais estreito a cada segundo. Mais desafiador a cada pensamento. Mas Augustos nada podia fazer se não enfrentar aquilo como um rei sábio. Finalmente chegando ao fim do corredor se deparou com a porta ainda fechada, colocou sua mão direita sobre a maçaneta, respirou algumas vezes sentindo seu coração sobre suas mãos até finalmente abrir a porta e finalmente olhar para a face daqueles homens que apenas desejavam aproveitar-se de seu reino. Ainda em silêncio caminhou até seu trono, se sentando calmamente – calma que não tinha, mas que precisava demonstrar – E finalmalmente se pronunciando: - -- Bom dia. - Seu olhar era o mais firme que poderia fingir, sua voz límpida e grossa ecoou pela sala dando um tom de segurança. - -- Podemos começar - Engajou por ultimo.

Ia sozinho em direção a sala de reuniões. Os guardas pessoais ficaram no inicio do corredor. Era melhor desse jeito para demonstrar ao menos um pouco de confiança nos três que ali reuniam-se. Ele com sua mão direita sobre a maçaneta, abria-a, vendo a sala preparada para a reunião. Não era uma das maiores que aqueles reis estariam acostumados, mas era a maior que seu castelo dispunha. Ao centro uma mesa oval, de madeira forrada com vários tecidos considerados finos, com capacidade para oito pessoas, ao fundo janelas cobertas com cortinas de um tecido bom. As cadeiras eram todas feitas com as madeiras mais nobres encontradas na ilha, e a dá ponta a maior possuia detalhes feitos com joias, o trono do Rei Augusto. Sobre a mesa existiam várias frutas frescas, colhidas do pomar particular da rei. Tal como leitões assados. O rei Augusto, estava sentado próximo a porta, com a mão sobre uma das pernas de um leitão. Seu cabelo era trançado indo até a beira da nuca. Seu corpo possui inúmeras cicatrizes, o que mostra ser um homem vivente das batalhas. Tinha vestimentas um tanto rústicas para alguém que lidera um pouco, roupa feita com a pele de animais, e um colar feito com dentes de inumeras criaturas, este estava com uma espada amarrada na cintura. A outra mão deste rei, ia até um vaso próximo preenchido com água e sorvia de modo animal, uma atitude que até enojava o Rei Asgaroth, sentado próximo a ponta onde estava a janela. Ele possuia roupas nobres, e estava a usar uma coroa, com joias encravadas. Suas vestes eram finas, e uma capa era vista presa em suas costas, onde as bordas tinham detalhes em ouro. Tinha uma aparência jovial, sendo um rei novo, próximo as vinte e seis anos.  Possui cabelos curtos, e de tons negros assim como o Rei Augusto. Este levava a mão até uma fruta próxima, deixando perto da mesa, ele esboçava um leve sorriso em direção ao Rei Augustos, que entrava. O Rei Pedro observara a entrada do ,Rei Augustos , vestido com os mais belos tecidos encontrados, e joias por todas as partes do corpo. Seu rosto parecia coberto por alguma maquiagem branca, e seus cilios, estavam bem arrumados. Usava uma espécie de peruca totalmente branca, cujo os cabelos eram trançados e estendiam-se até as costas. Este estava acima do peso, e não possuia uma altura consideravel.  Sua mão direita era levantada repousando sobre o queixo. Sua voz era suave, suave até de mais para um homem.

- Rei Augustos, estavamos a aguardando. - Dizia Pedro, este continuaria sua fala, se não fosse a voz grave e cheia de comida de Augusto. - Rei... Espero que tenha tomado uma decisão, será que poderiámos saber o motivo desta reunião, com estes meus famigerados amigos?

O Rei Pedro ainda calado, apenas olhava enojado mais uma vez em direção ao Rei Augusto.

Augustos Alberto Romero IV 
“ Animal... “ - Era o que pensava ao ver a cena deplorável que Augustos o fazia ver. Suspirou sutilmente apenas abrindo um pouco seus lábios e piscando de forma calma - -- Agradeço-lhes terem vindo até meu reino para essa reunião - Levava sua mão até a taça mais próxima ali, era uma taça em ouro com algumas pedras preciosas sobre seu centro. Augustos a levantou a deixando próximo a boca enquanto continuou a falar - -- O motivo dessa reunião é simples,  cansei de ser importunado por mensageiros com propostas...como posso dizer. - Finalmente levava a taça a boca tomando um gole da bebida ali – Vinho – a descendo um pouco a deixando ainda próximo ao rosto - -- Importunas. - Dizia em tom um tanto quanto intimidador deixando claro seu desgosto com tal situação. Seu olhar era fixado em todos sentados a mesa, dividindo entre eles o desprezo de suas presenças. Alguns segundos mais finalmente colocava a taça sobre a mesa continuando a dizer - -- Também não queria enviar um de meus homens para ficar nesse “jogo” medíocre as costas dos senhores. Nada melhor que uma conversa entre homens, não é mesmo ? -  Augustos sabia o preço de suas palavras, assim como o que elas poderiam causar. Colocar os três reis sobre uma única mesa para conversar sobre um assunto tão delicado era perigoso. Qualquer palavra mal dita poderia causar um problema ainda maior. Mas viu ali uma pequena chance de reverter a situação. Era claro que ninguém ali gostavam um do outro e mais. As propostas ali feitas para com ele deveriam ser medidas pelos reis ali presentes, já que os possíveis oponentes para a guerra estariam logo ali a frente. Uma situação ainda mais delicada para eles. Augustos apenas precisaria administrar tudo àquilo de maneira sábia, deixar que os próprios reis deixem brechas suficientes para uma situação definitiva manipulada por ele.  - -- Rei Pedro, o que tem a me oferecer,espero que seja algo melhor do que me propos a algum tempo. - Dizia por ultimo pegando novamente a taça e a levando a boca.


- Bem meu rei. - Dizia suavemente com sua voz afeminada. - Ofereço-lhe ouro,  Ouro que faria qualquer nobre ou pebleu, não ter problemas para o resto da vida. - Pedro levantava, colocando as mãos sobre a mesa, deixando seu peso em excesso na altura do abdomen balançar. - Ouro este que tiraria o seu povo da miséria, meu nobre rei. - Dizia de forma pomposa, gesticulando com o mão direita.  - E para tudo isso é só me dar o privilégio sobre os portos dessa rota. - Sentava-se mais uma vez. 

O rei Augusto, levava as mãos até o leitão, mostrando sua forma barbara de ser. Sua boca deixava cair alguns pedaços de carne.
O rei Asgaroth, estava calado mais uma vez, apenas observando. Este parecia demonstrar uma cara de tédio, não estava muito animado com a reunião.

Augustos Alberto Romero IV
-- Ouro suficiente para comprar seu exército ? - Perguntava indagado com uma questão simples, porém que colocaria o rei em uma situação delicada. - -- E você Rei Augusto, o que tem a me oferecer ? - A taça já estava sobre a mesa, as mãos de Augustos procuraram alguma fruta na mesa pegando algumas, olhando sua textura e finalmente a colocando sobre a mesa perdendo o interesse em come-las, enquanto aguardava a resposta do próximo rei.
 
O rei Pedro, arqueava um pouco as sombrancelhas. Demonstrava surpresa para a pergunta. - Rei Augustos... Essa pergunta foi um tanto indelicada... Se o senhor pagar mais, creio que os homens certamente iriam para o seu lado, porém não há ouro que possa comprar meu exército. - Dava um breve sorriso, parecia querer continuar a falar, mas era interrompido por uma voz rouca, e cheia de comida.

- Ofereço minha proteção, e garantia que seu reino não caia em garras desse Rei Calado, E desse rei que mais parece uma rainha. - O Rei Augusto engolia o pedaço de carne que acabara de mastigar, durante suas falas, levava a mão até a boca parecendo fazer um breve soluço, antes de continuar. - Eu possuo o mais temido exército desta região, porém não quero mal ao seu reino, apenas quero usufruir de sua rota sem imposições, e sem a interferência destes outros Reinos aqui presentes. Eu  garanto homens para a proteção de seu pequeno reinado, Rei Augustos.

Augustos Alberto Romero IV 
-- Compreendo. “ Proteção poderia me servir de algo, mas nada que pudesse deter por muito tempo Pedro: Logo ele contrataria mais homens e exércitos para vir contra mim.,Asgaroth também não iria ficar satisfeito e tentaria uma investida também.... “ - Por um segundo se sentiu ausente na sala, e talvez tivesse dado essa impressão aos demais ali. Seus olhos piscaram algumas vezes mais rápido do que de costume, até que uma coceira em sua garganta o fez tossir. Tosse essa que o fez despertar em seus próprios pensamentos, teria de usar tudo que havia aprendido para encontrar uma solução. Levou sua mão sobre a fruta que a pouco rejeitou a mordendo de forma sutil, enquanto olhava para Asgaroth. - -- Diga-me Rei Asgaroth, se fosse você em minha posição e reino. Aceitaria tão pouco por algo tão precioso ? - Mordia novamente o fruto engolindo rapidamente sua polpa - -- Responda-me depois de me apresentar sua proposta por favor. - Suas palavras se tornaram confusas, talvez seus pensamentos o tivessem induzido ao erro, mas nem mesmo percebeu o possível  absurdo que seria levado em consideração em suas palavras.

- Se me permite a palavra meu rei. - O Rei asgaroth levantava-se. Sua voz mostrava cordialidade. - Por minha parte, ofereço-lhe uma vida tão boa, que nenhum nobre jamais teve. Não terás preocupações. Poderá usufruir do bom e do melhor, além de ter uma segurança priveligiada. A única coisa que tens à fazer, é aceitar minha proposta, e conceder-me o direito de administrar o reino, assim nunca mais terá preocupações, nem com sua vida, futuras mulheres, ou seu povo. O seu reino prosperara, como todos os outros que já tive a oportunidade de negociar. Uma guerra não é viável para nenhum dos presentes, perder homens, dinheiro por uma rota prejudicaria todos, e levaria anos, se não décadas para recuperar o prejuizo. O bárbaro te oferece segurança. - Rei Augusto, começava a mascar devagar outro pedaço de Leitão, enquanto escutava as palavras do Rei Asgaroth. - Porém vale lembrar, o que houve por todos os lugares que não aceitaram, só restaram as cinzas. E os que aceitaram tiveram suas mulheres e filhos escravizados por sua pressão. - O rei Augusto parava de mascar, e mostrava uma cara séria, enquanto olhava em direção a Asgaroth. - Já a donzela presente nesta reunião, possui muito ouro, ouro de fato que faria qualquer reino ter uma vida prospera. Porém esqueces, que para conseguir esta fortuna, ele deixa o próprio povo na miséria cobrando altos impostos, e seu comércio é vasto o que ainda mais enriquece, o que faz mesmo a miséria de seu povo, ser a melhor de todos os reinos. Mas ouro não compra dignidade nem a honra que seu povo precisa. Creio que minha resposta a sua indecisa pergunta, seria uma outra pergunta. - O rei Asgaroth parava por um momento, respirando. - Até onde é capaz de chegar pelo bem de seu povo, e seu bem estar?

O rei Pedro, tamborilava os dedos sobre a mesa, demonstrando nervosismo com as palavras de Asgaroth. E o Rei Augusto parava de comer parecia nervoso e palavras asperas saiam de sua boca. 

- Meça suas palavras Asgaroth, não sabe o que falas. Primeiro olhe o seu povo e os reinos que deixou, antes de falar dos outros reinos. - Dizia Augusto.

- Asgaroth, o senhor não tem classe, é o mais viu dentre nós. Faria qualquer coisa para ascender no poder, que diga o seu pai. - Pedro falavra com sua voz suave. - Os rumores chegaram ao meu reino. Subiu ao trono, após a não explicada morte de seu pai.

- Ele era um bom homem, mas o que digo meus amigos, é apenas o que vejo. - Asgaroth sentava, levando a destra até a beira do queixo, seu rosto demonstrava aflição naquele momento.

Augustos Alberto Romero IV diz:
. - Se calava por um instante mas logo voltava a sí - -- Não confio em nenhum de vocês  para lidar com o meu povo. - Augustos se levantava ainda com a fruta em sua mão indo em direção a janela de forma calma - -- Por mais que suas propostas se mostrem tentadoras a mim e ao meu reino, jamais senti verdade em vossas palavras. Jamais citaram as pessoas que constituem esse reino de maneira direta, então como querem que eu acredite em suas palavras ? - Se virava um pouco em meio ao caminha até a janela, seu tom de voz era tão firme quanto o primeiro dito ao entrar na sala. Seu olhar se mostrava decidido. Suas ultimas palavras eram claramente direcionadas a Asgaroth, virava novamente seu corpo retomando sua caminhada até a janela, o vento que adentrava a sala se fazia mais forte a cada passo que era dado,6 ou 7 passos depois ali estava ele de costas para aqueles hipócritas e voltado para seu reino. Do lado de fora conseguia ver pessoas simples com suas roupas batidas carregando coisas pesadas; ao longe cultivando seu alimento, tão longe estavam que poderiam ser confundidas com simples troncos secos ao longe; ao mar aqueles poucos que haviam resistido a tantas mudanças e ainda carregavam consigo a cultura da pesca que por séculos alimentou a riqueza do reino.  Aqueles homens jamais conseguiriam ver tantas coisas, como poderia ele entregar o suor de dias de trabalho por proteção, dinheiro, ou força bruta para guerra...guerra essa que ele nunca desejou.  - -- Escutem com atenção o que lhes tenho a dizer, darei a vocês a chance de usufruir de um pedaço de meu reino - Se virava com um olhar que jamais tivera em sua vida - -- O principal motivo de quererem meu porto é simples: Querem mais fortunas por uma rota segura e rápida. Mas são tão egoístas que querem isso apenas para vocês. Outros reinos me procuraram para terem essa rota, todos souberam se comunicar com honra e aceitar minha recusa e os motivos para a mesma. - Voltava a caminhar para seu trono enquanto continuava - -- Não quero sangue em minhas terras...terras que devo deixar para as crianças que nem mesmo nasceram, para os homens velhos que junto a tantos outros ergueram esse reino. Não irei dar a vocês isso. Mas escutem com atenção, por quê não irei repetir. Meu pai ensinou-me a dividir aquilo que temos, e principalmente dividir isso quando preciso, irei dar a chance aos senhores de ter essa rota para o comércio de vocês, assim como ter o direito de chamar esse porto de “seu”, trazer e levar aquilo que lhe for de direito para o lado que bem entenderem, protegerão ele com suas próprias forças de qualquer um que tente toma-lo de vocês, em outras palavras será um pedaço pequeno e limitado do reino de vocês em minhas terras mas para isso. - Dava um pequena pausa finalmente se sentando em seu trono olhando para os três a mesa - -- Iram pagar uma taxa. Taxa essa que será justa para tal pedaço e que garantirá a proteção do meu povo do reino de vocês, taxa essa que sei que os senhores aqui são capazes de pagar...já que a pouco tentaram me comprar por muito mais. Ressalto que essa é uma oferta generosa, darei exclusividade a algo que outros reinos gostariam. Os detalhes da localização de cada um será dada quando confirmarem tal acordo. - Sua voz em nenhum momento mostrou medo, ou mesmo dúvida. Por mais que aquilo não pudesse ser feito não iria se vender e pior seu reino. Sua garganta agora seca pedia um gole do vinho sobre a mesa. Augustos novamente pegou a taça tomando uma grande quantidade, logo após colocando a taça novamente sobre a mesa. - -- E então ? Querem enriquecer em paz ?! Ou preferem a guerra e sangue ?  - Terminava por fim
 
Os reis escutavam as palavras de Augustos, e pareciam pensativos naquele momento. Um breve momento de silêncio abateu sobre aquele local, até ser quebrado pelo pomposo Rei Pedro. Que batia as mãos sobre a mesa, com uma certa violência, parecia irritado. 
- Como ousas cobrar por algo que não tem condições de proteger. Eu ofereci ouro para que aceitasse a proposta e quer que eu conviva com esses dois aqui presentes? - Apontava em direção a Augusto. - Aquele bárbaro mal tem onde cair morto, e na primeira oportunidade,  irá atacar seu reino com todas as forças com a brecha que dara a ele, para usufruir de total parte. - Sua maquiagem esbranquiçada, deixava transparecer a vermelhidão de sua pele. Antes que pudesse prosseguir, era interrompido por Asgaroth.

- Acalme-se Rei Pedro. Ele te deu o que desejava, o direito sobre a rota, assim como todos nós. Teremos portos na ilha, mas a ideia de dividir o porto com meus "amigos" não me soa bem. Teremos a terra sobre nosso poder. Rei Pedro agora sente-se. - O Rei Asgaroth, olhava em direção ao Rei Pedro. - Rei Augustos, queira perdoa os maus modos dessa mulher em corpo de homem, quando poderemos tratar da terra oferecida?

- É uma boa proposta afinal de contas, porém quanto tempo aguentara os confrontos no mar que podem envolver seu povo. Rei Augustos - O rei bárbaro, levantava-se de sua cadeira apoiando-se com as mãos. - Lembre-se que não possui exercito para combater nenhum de nós três, e que futuramente lembrara de minha proposta de proteção. - Ele dava passos lentos em direção a porta, parando a dois ou três passos da mesma. - Por minha parte a cobrança é impensavel, porém justa, analisando o seu ponto de vista.  Os confrontos virão, e você mal possui um um grupo próprio para chamar de exército. A terra será uma boa proposta para mim, porém nunca confie nem em sua própria sombra. Poderá ser apunhalado, por quem menos espera. Procure um curandeiro antes do anoitecer. O rei asgaroth, envenenou o vinho. 

Asgaroth, arqueava as sombrancelhas, demonstrando aflição. E o rei pedro olhava surpreso para o bárbaro, sentando-se na cadeira. Aonde dizia com palavras tremulas. 
- O... que disse... bárbaro? - Olhava em direção a Asgaroth, em frente a Pedro havia uma taça, vazia com vinho. 

- Ele pensa que pode enganar à todos. Porém ele é a pior das viboras. Seu pai morreu da mesma forma, em um banquete. E não esconda a verdade, Asgaroth, sua fama o precede, todos os nobres que prometeu uma boa vida, amanheceram mortos no raiar do sol. Por isso não ouviu falar deles. - Dizia Augusto com seu tom de voz áspero. - Se não acreditas em mim Rei Augustos, seu povo provavelmente precisara de um novo Rei, e o senhor não tem descedentes.

- Uma mentira! - Asgaroth manifestava-se. Parecia irritado. - Eu nunca envenenei ninguém! - Seu rosto mostrava o esconder de algo. 

- Se era uma mentira, por que alterou-se?  - Dizia o Rei Pedro. 

- Estou de acordo com a terra, Rei augustos. - Dizia o Rei Augusto. - Mas prepara-te para o que pode vir no futuro.

Augustos Alberto Romero IV 
. - Augustos ouviu calado tudo que os  outros reis tinham a dizer, e inevitavelmente se colocou nervoso sobre a possibilidade de estar sendo envenenado. Seu olhar foi levado a taça e sem nem mesmo perceber para Asgaroth, como desejava mandar prender e matar aquele homem por mais que aquilo acabaria em mais guerra. Guerra essa que havia adiado por algum tempo, mas sabendo que logo seria inevitável. Mas até lá criaria um exército mais forte, alimentaria seu povo com ideologias nacionalistas para que assim crescessem e se tornassem guerreiros honrosos. Criaria novas alianças para proteger seu povo. Levantou-se ainda que bruscamente de maneira calma - -- Agradeço a compreensão Rei Augosto, admito que por trás de seus modos esconde no fim, um homem sábio e que sabe o que quer. - Dava um pequena pausa, ainda pensativo no veneno que poderia estar correndo em seu sangue - -- Os conflitos serão inevitáveis, mas espero realmente que possamos encontrar um fim harmonioso para tudo isso. Os portos serão afastados um dos outros a ponto de um não intervir nas terras dos outros, mas vou relembrar de nada tenho a fazer em caso de invasão das “terras” alheias, cada um é responsável por suas atitudes, caberá a cada um de vocês lidar com essa situação: No fim das contas saberemos quais são as verdadeiras intensões por trás de cada ação dos senhores. A guerra ou a riqueza. - Fazia uma nova pausa voltando-se agora ao Rei Asgaroth esse que não fazia questão de esconder o profundo ódio - -- Escute Asgaroth, nosso acordo termina aqui. Tens duas escolhas ainda que óbvias irei lhe dizer: Se envenenou esse vinho digas, mas o diga já retirando de suas vestes o a cura e logo se retirando dessa sala, Se não aqui e agora mandarei mata-lo ainda que não tenha provas. As terras que acabei de lhe prometer darei aquele que arrancar sua vida. - dava uma pausa esperando ver a reação nos olhos de Asgaroth - --  Segundo, por mais bondoso que seja, sei como tratas as coisas e acordos, sei também de seus métodos por isso logo se torna instável sua estádia aqui em minhas terras. De se por satisfeito a minha incrível bondade em lhe dar um pedaço de meu reino para que faças fortunas, mas apenas isso terá, e isso também serve para ambos - Referia-se a Pedro e Augosto - -- Qualquer tipo de conflito para com meu reino será considerado um ato de traição ao tratado, assim como a invasão das terras vizinhas. Caso algum de vocês invada as terras aqui presentes, imediatamente não só eu como os outros dois reinos irei considerar isso como um atestado a declaração de guerra as terras aqui. Cabendo ao invasor apenas a opção de sair com sua vida...... Isso é tudo. - Terminava com uma pequena tosse em resposta a garganta seca, talvez fosse uma resposta psicológica a possibilidade de envenenamento....ou na pior das hipóteses o veneno já fazendo efeito.
 
O Rei Pedro calava-se olhando em direção a Asgaroth. O Rei Augusto caminhava até a porta, repousando a mão sobre a maçaneta. 
- Morte aqui não é a melhor opção. Asgaroth e Augustus. Mandarei um representante acertar a terra que receberei. Espero que esteja vivo até lá. - O Rei Augusto abria a porta saindo, e andava pelo corredor. 

- Não é bem isso Rei Augustos... - Asgaroth demonstrava o medo em suas palavras. - O antidoto, é simples de fazer. E está comigo... - Levava a mão para dentro das vestimentas retirando um pequeno frasco, feito em couro. - Ai estão as ervas para a cura... Peça que seu melhor curandeiro, faça... Eu somente compro, não sei prepara-lo.  Rei Pedro interrompia.

- Mais uma mentira provavelmente, Rei Augustos. - Levantava-se da mesa, e ia em direção a porta. - Ele não vale a roupa que veste. - Seu tom pomposo e afeminado era mostrado. - Assim como o bárbaro, eu enviarei um representante para acertar o porto recebido. - Dava passos lentos em direção a porta de saída.  

- Rei Augustos, me perdoe pelo que fiz, mas eu somente queria garantir que aceitasse minha proposta. - Sua voz demonstrava aflição, e ele lentamente com as mãos apoiadas na mesa, levantava-se. E ia aos poucos indo em direção a porta que era fechada por Rei Pedro ao sair. - O antidoto está ai... Acredite em mim, não quero que a guerra ocorra, irei aceitar qualquer pedaço de terra para que possa enriquecer, me perdoe. - Dava passos, lentos em direção a porta, porém se virava para Augustos, e assim andava de costas até a porta. - Espero que isso não abale, nossos acordos futuros, por favor me perdoe... - Lentamente ele abria a maçaneta. - Tratarei pessoalmente da terra, permiti-me sair?

Augustos Alberto Romero IV 
. - Mais uma vez aguardou em silêncio tudo aquilo,até que finalmente Rei Pedro deixou o recinto - -- Queres sair tão cedo ? Brindemos aqui nosso acordo. - Pegava com ele uma taça, essa agora com água. - -- Pegue uma taça de vinho e beba junto a mim em sinal de suas desculpas, o antidoto estando aqui conosco nada temos a temer. Manderei chamar o melhor de meus curandeiros e pedirei que faça o antidoto para nós e depois de feito, o mandarei seu corpo de voltar para seu reino. - Fazia uma pequena pausa enquanto levava o copo próximo ao rosto ainda aguardando Asgaroth fazer o mesmo - -- Mas não se preocupe,o enviarei vivo....apenas não posso garantir sua chegada até lá salvo, não é mesmo ?! - Perguntava por fim em um tom amedrontador, desejava matar aquele homem com suas próprias mãos. Talvez outros conflitos futuros pudessem ser evitados. Mas esse tipo de coisa não era de seu fetil,não fazia honra as coisas ensinadas por seu pai, homem que ele tanto admirava. Por hora Augostos se se sentia com seu papel de rei feito. Havia evitado uma guerra eminente sem derramar uma única gota de sangue e com isso ainda iria conseguir trazer riquezas ao seu reino. Algo que realmente deixava feliz,ainda que seu corpo estivesse envenenado. - -- Vamos Asgaroth,beba essa delicioso vinho em comemoração as conquistas de hoje, ou irá recusar o convite de um rei e suas terras ?! - Sorria por fim levando a taça com água a boca a tomando em um único gole
 
Asgaroth, sorvia do vinho voltando a mesa. O futuro do reino estava selado.

End of test.

5 comentários:

  1. Bem, o avaliado teve uma interpretação praticamente impecavel ao meu ponto de vista, sua criatividade, foi boa porém não fui muito surpreendente. Atento ao que ocorria, citou situações do começo da narrativa, teve um ótimo bom senso, medindo as palavras, e fez como um rei deveria fazer, tomar a iniciativa da reunião.

    Avaliação - Aracnes
    Interpretação: 24/25
    Criatividade: 20/25
    Iniciativa: 20/20
    Atenção: 15/15
    Bom senso: 13/15

    Total: 92/100

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  2. Avaliação - Chaos_Dragon
    Interpretação:24/25
    Criatividade:19/25
    Iniciativa:20/20
    Atenção:14/15
    Bom senso:12/15
    Total:89/100

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  3. Gostei muito... Arrumou boas soluções, com algumas frases de efeito. Soube enfrentar o revés do jogo com tranquilidade, sem contar com o categórico bom senso em medir palavras frente a reis. Meus parabéns.

    Avaliação - Delaroche

    Interpretação: 24/25
    Criatividade: 20/25
    Iniciativa: 18/20
    Atenção: 13/15
    Bom senso: 15/15

    Total: 90/100

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  4. A avaliação que acabo de ler me fez lembrar uma frase que se usava em latim: " In vino Veritas", quer quer dizer, no vinho está a verdade.
    Esteve bem dentro do contexto proposto, manteve a pompa e orgulho que um rei deve ter, mas não foi soberbo.
    Só há um pequeno comentário que desejo fazer: se não sabe usar bem um vocábulo use um sinônimo e não se alongue demais ou caíra em repetições.
    Fazia tempo que não via um jogo desse jeito...


    Quesito-Nota

    Interpretação: 20/25
    Criatividade: 20/25
    Iniciativa: 16/20
    Atenção: 12/15
    Bom senso: 12/15

    Total=80/100

    Atenciosamente,
    Lázarus: Fundador; Líder de clã; criador e líder da linhagem Veritá

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  5. Sem dúvida um concorrente a elite de jogadores do clã, ações bem elaboradas e contexto conciso. Discordo em partes do Lazarus, dentro da história tivemos alguns reis, raros que foram benevolentes e humildes, alguns por toda sua extensão de reinado e outros em um período curto. Parabéns e continue assim.

    Notas.

    Interpretação: 25/25
    Criatividade: 21/25
    Iniciativa: 17/20
    Atenção: 10/15
    Bom senso: 14/15

    Total: 87/100

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